top of page

Doce Maravilha 2025 encerra sua segunda edição no Rio de Janeiro

  • Foto do escritor: Vivendo de Shows
    Vivendo de Shows
  • há 3 dias
  • 3 min de leitura

por Redação Vivendo de Shows. Com colaboração entre Letícia Pinheiro, editora-chefe do Vivendo de Shows e Juan Nobre, da Macete Music

Créditos: Matheus FPV
Créditos: Matheus FPV


Quando cerca de 40 mil pessoas se reúnem num fim de semana para fazer arte, cantar junto e se emocionar, é um ato de fé na música. A terceira edição do Doce Maravilha entrou para o rol desses momentos que fazem o Brasil bater no peito e dizer “isso é nosso”.


O festival, que aconteceu de 26 a 28 de setembro no Jockey Club Brasileiro, Rio de Janeiro, carrega uma ambição: reunir gerações, estilos, ideias e gerar impacto real além dos palcos. A curadoria é assinada por Nelson Motta, que também assume o posto de DJ no evento. A realização é da Bonus Track (Luiz Oscar e Luiz Guilherme Niemeyer).

Apoios e patrocínios reforçam a largueza do projeto: Bradesco e Corona como apresentadores, com Guaraná Antarctica, O Boticário, Deezer e Gol entre os patrocinadores, e contribuição da Açúcar Guarani.

A noite de abertura: nostalgia que virou muro de som

A “Noite Doce” (sexta, 26) foi batida no tom da nostalgia, do punk ao hardcore nacional dos anos 2000. A banda Forfun comandou o momento mais esperado: celebrar 20 anos de Teoria Dinâmica Gastativa com show exclusivo e convidados como Lucas Silveira (Fresno).




Não ficou só nisso: CPM 22 encarou a marca de 30 anos de estrada e trouxe os hits que moveram multidões. E Dead Fish reviveu clássicos acompanhada por Gee Rocha & Di Ferrero no palco.

Em uma noite em que muitos vestidos (e moshpits) voltaram ao passado, o público provou que memória bem tocada também rompe tetos de som.

Sábado (27): encontros poderosos

Se a sexta foi urgência e nostalgia, o sábado foi celebração com potência e sutilezas. Alguns momentos para destacar:

  • Ney Matogrosso e Marisa Monte tocaram juntos. Foi um dos encontros mais esperados — e entregaram algo além: repertório escolhido, diálogos musicais, entrega coletiva. E para coroar, cantaram “O Vira” (do Secos & Molhados), numa reinterpretação que não aparecia desde 1999 — um momento de arrepiar plateia e palco.

  • Baianasystem, no seu “Lundu Rock Show”, trouxe força, pulsação e atitude, conectado com o que há de mais urgente nas batidas brasileiras.

  • A homenagem a Erasmo Carlos ganhou peso com Orquestra Imperial, Gaby Amarantos e Jotapê, criando texturas que conectaram timbres clássicos e contemporâneos.

  • Em outros palcos e entre trocas, aconteceram narrativas sutis: Adriana Calcanhotto revisitava Partimpim em O Quarto no Palco, Lamparina dialogava com Mariana Aydar, Dora Morelenbaum com Jadsa, Mari Jasca com Duda Brack & Marcos Sacramento;


  • DJs e intervenções eletrônicas diversificaram a atmosfera: DJ Patife, DJ Mam, Tatá Ogan, Lys Ventura; Rock das Aranhas fez sua homenagem aos 80 anos de Raul Seixas. E ainda teve DJ Sophia, DJ Nath Grilo e Zedoroque fechando com energia variada.



Domingo (28): coroação e união de vozes

Para fechar o festival, o domingo veio com força simbólica e musical forte:

  • Liniker celebrou 1 ano do álbum CAJU com convidados como Lulu Santos, Pabllo Vittar, Amaro Freitas, Priscila Senna e o retorno de BaianaSystem ao palco;

  • Zeca Pagodinho, um dos pilares da nossa música popular, trouxe Martinho da Vila e Alcione no encontro de gerações que poucos festivais ousam promover;

  • No pop / MPB / encontros de voz: Nando Reis & Samuel Rosa subiram juntos. Melly convidou Rashid para uma ponte entre universos. Delacruz homenageou MC Marcinho com Marcelly Garcia e Nova Orquestra. Jards Macalé entregou o álbum de 1972 na íntegra. E Biltre celebrou 10 anos de Bananobikenologia;

  • Nas trilhas paralelas da pista: DJs Deekapz, Janot, Corello, Thiago Xá, DANDAN (Discopedia), Tales Mulatu, Xepa, Rapha Lima, DJ Yas, DJ Ise animaram entre apresentações.

Foi uma maratona de afeto, diálogo e resistência musical. E não apenas um encerramento, mas uma entrega simbólica de palavra, som e presença.




Responsabilidade socioambiental: além da festa

O Doce Maravilha não quer ser apenas um evento memorável — quer ser um agente transformador. Em mais uma edição, o festival se comprometeu a:

  • Separação de resíduos e envio para cooperativas de reciclagem;

  • Reaproveitamento de materiais de montagem;

  • Incentivo ao uso de copos retornáveis;

  • Campanhas contra o desperdício;

  • Oferta diversificada na área de alimentação, privilegiando produção local e pequenos produtores;

  • Compensação de emissões de carbono;

  • Inclusão através de contratações diversas e justas;

  • Apoio a projetos sociais, gerando impacto em comunidades vulneráveis.

A expectativa é que nas próximas semanas seja divulgado o relatório de impactos com dados concretos, feito pela consultoria especializada IS.ECO. É um gesto de transparência raro (e necessário) em festivais de grande porte.

Comentários


bottom of page