Rapper Anna Suav traz a potência do Rap oriundo da amazônia para tour no Rio de Janeiro

Juliana Costa
12 de nov.
2 min de leitura

Turnê “Mulher Negra MC da Amazônia” leva a força do Norte aos palcos do Sesc RJ em novembro, com shows em São João de Meriti, Tijuca, Petrópolis e Barra Mansa. Por Juliana Costa, para a Vivendo de Shows.

Rapper Amazonense "Anna Suav" | Créditos: Wagner Filmes.

Do coração da Amazônia direto pro Rio de Janeiro: Anna Suav chega como quem rasga o silêncio. A rapper, nascida em Manaus e radicada em Belém, traz sua tour “Anna Suav: Mulher Negra MC da Amazônia” para o Sesc RJ em quatro apresentações que atravessam o estado — São João de Meriti (15/11), Tijuca (18/11), Petrópolis (20/11) e Barra Mansa (21/11). Na bagagem, a força da mulher preta, o lirismo do Norte e a urgência de um país que ainda precisa se ouvir. O projeto, viabilizado pelo Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar, é mais que um giro de shows: é um manifesto. No palco, Anna transforma a cultura Hip Hop em grito de resistência, em canto de afeto. As rimas são lâminas e abraços — falam sobre racismo, machismo, ancestralidade e território com a mesma intensidade com que ela move corpos e consciências. Em cada cidade, a rapper convida outras vozes a somar: Maui e MC Lizzie dividem o microfone em participações especiais que reforçam o sentido coletivo da tour. “Minha música é pra conectar, não pra separar. É sobre escuta e sobre amor também”, diz Anna.

SOBRE ANNA:

Reconhecida como uma das principais vozes do rap feminino amazônico, Anna Suav vem cruzando fronteiras — literalmente. Em setembro, ela representou o Brasil no Festival Trópix de Été, em Marselha, na França, levando sua lírica afiada para o espaço Friche la Belle de Mai, um dos redutos culturais mais importantes da Europa. A viagem virou mini tour internacional, com apresentações também em Paris e Porto, e abriu novas veredas para sua arte.

“Foi simbólico demais sair do Brasil pela primeira vez através do rap. Levar a cultura amazônida, preta e feminina pra outros lugares é sobre ocupar o espaço e recontar as histórias”, conta.

Agora, de volta ao Brasil, Anna faz o caminho inverso: da floresta pra metrópole, da resistência à celebração. Cada show da turnê é um ponto de encontro entre som, luta e poesia.