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Lagum transforma BH em palco de saudade no clipe de “A Cidade”

  • Foto do escritor: Juliana Costa
    Juliana Costa
  • 23 de jul.
  • 3 min de leitura

Banda mineira aposta em paisagens urbanas e emoção crua para novo vídeo, que integra o álbum “As Cores, as Curvas e as Dores do Mundo”. Por Juliana Costa, para a Vivendo de Shows.

Lagum na gravação do clipe de “A Cidade” / Créditos: Breno Galtier
Lagum na gravação do clipe de “A Cidade” / Créditos: Breno Galtier

“A cidade sem você não é igual”. Com versos que ecoam ausência e caos, a Lagum entrega no clipe de “A Cidade” uma narrativa sensível sobre perdas e lembranças. A faixa, uma das mais queridas do recente álbum “As Cores, as Curvas e as Dores do Mundo”, ganha vida em um videoclipe gravado em Belo Horizonte, cidade que moldou o som e a trajetória da banda mineira. Sob direção de Vito Soares, o vídeo explora um cenário urbano e melancólico: um terraço no coração de BH, com o céu dividindo espaço entre o dia e a noite. “Sempre olhava para aquele telhado e sonhava em gravar algo ali”, revela o vocalista Pedro Calais. “A frase ‘a cidade sem você’ inspirou o conceito de retirar as pessoas em cena, deixando apenas a cidade e o céu ao fundo.” A escolha estética dialoga com a proposta da canção — uma balada potente que mistura delicadeza e intensidade.

Balada para corações saudosos

Escolhida como música de trabalho, “A Cidade” já havia conquistado os fãs antes mesmo do clipe. No TikTok, virou trilha sonora de trends com vídeos que falam de saudade — de amigos, amores e familiares. “É uma das faixas mais queridas pelos nossos fãs, uma balada com produção marcante e cordas que criam diferentes climas”, conta Zani, guitarrista da banda. O clipe intercala imagens coloridas com preto e branco, reforçando a dualidade entre presença e ausência. Inspirados pela frase de Tyler The Creator — “crie como uma criança e edite como um cientista” —, os integrantes improvisaram cenas no local e deram liberdade ao processo criativo para construir o resultado final.

Lagum na gravação do clipe de “A Cidade” / Créditos: Breno Galtier
Lagum na gravação do clipe de “A Cidade” / Créditos: Breno Galtier

Nova fase com cores, curvas e dores


“As Cores, as Curvas e as Dores do Mundo”, quinto álbum da banda, estreou em maio e superou 1 milhão de plays nas primeiras 24 horas. Com produção de Paul Ralphes, o disco explora diferentes sonoridades, entre o pop, reggae e rock, enquanto as letras transitam entre poesia cotidiana e reflexões existenciais.

A turnê do álbum está percorrendo o Brasil com casas lotadas. Em São Paulo, o show no Espaço Unimed, dia 02 de agosto, teve ingressos esgotados, levando à abertura de uma data extra para 03 de outubro. Em BH, cidade natal dos músicos, a apresentação acontece em 20 de setembro no BeFly Hall. Até dezembro, a banda passa ainda por mais de 20 cidades brasileiras e prepara uma turnê internacional pela Europa em 2026.


Lagum na gravação do clipe de “A Cidade” / Créditos: Breno Galtier
Lagum na gravação do clipe de “A Cidade” / Créditos: Breno Galtier

A Lagum e o peso das memórias

Formada em 2014, a Lagum — Pedro Calais (voz), Zani e Jorge (guitarras), Chico (baixo) — construiu sua carreira misturando pop, rock, reggae e indie com liberdade estética. O sucesso veio com “Deixa” e “Oi”, mas foi o álbum “Memórias (De Onde Eu Nunca Fui)” que consolidou o grupo após a perda de Tio Wilson, baterista que marcou a identidade sonora da banda.

De lá para cá, vieram turnês pelo Brasil e exterior, três indicações ao Grammy Latino e uma legião de fãs que encontram nas letras da Lagum uma trilha para as emoções mais viscerais. No palco, a banda entrega intensidade e catarse — algo que o novo clipe faz questão de traduzir para a tela.


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