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Resenha: “CAZUZA EXAGERADO” — Uma viagem sensorial pela vida de um poeta revolucionário

  • Foto do escritor: Vivendo de Shows
    Vivendo de Shows
  • 11 de jun.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 11 de jun.

Por Letícia Pinheiro, fundadora do Vivendo de Shows


Sala 5: Cazuza por Toda Parte. Foto por Letícia Pinheiro/Acervo VDS
Sala 5: Cazuza por Toda Parte. Foto por Letícia Pinheiro/Acervo VDS

A maior exposição já realizada sobre Cazuza estreia no dia 12 de junho no terraço do Shopping Leblon, ocupando mais de 1.500 metros quadrados com nove salas imersivas, tecnologia de ponta e mais de 700 itens pessoais cuidadosamente preservados por sua mãe, Lucinha Araújo. Intitulada CAZUZA EXAGERADO, a mostra convida o público a mergulhar na trajetória desse artista inquieto que marcou a música, a poesia e o comportamento no Brasil.


Fomos convidados para conferir em primeira mão um dia antes da exposição essa lindíssima homenagem ao poeta eterno.


Com curadoria de Ramon Nunes Mello — o mesmo que organizou os livros Meu Lance é Poesia e Protegi Teu Nome por Amor —, a exposição é uma realização da Sorria!, com coprodução da Hit Makers (agência também envolvida em produções como as de Banksy e Frida Kahlo), Caselúdico e Viva Cazuza. Apresentada pelo Ministério da Cultura e pelo Bradesco, e com patrocínio do Shopping Leblon e da Helloo, a mostra celebra os 40 anos do álbum “Exagerado”, marco inicial da carreira solo de Cazuza.


Ramon Nunes Mello em coletiva à imprensa. Créditos: Letícia Pinheiro/Acervo VDS


Dividida em nove salas temáticas, a exposição é um passeio afetivo e artístico que vai da infância do artista — na sala “Agenor Caju” — até sua morte e legado, com destaque para momentos icônicos como sua passagem pelo Barão Vermelho (“Maior Abandonado”), a fase solo (“Eu Sou Manchete Popular”), sua irreverência televisiva (“Viva o Chacrinha”), e até uma recriação emocionante da veraneio preta que ele usava com os amigos (“Caravana do Delírio”).


Confira algumas fotos que tiramos abaixo:


Créditos: Letícia Pinheiro/Acervo VDS



Outro destaque é a sala “Camarim / O Tempo Não Para”, onde se revive o último show no Canecão, e a simbólica “Eu Ando Muito Bem Acompanhado”, que simula uma mesa na tradicional Pizzaria Guanabara, com depoimentos em vídeo de amigos e ícones como Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Frejat, Bebel Gilberto e Sandra de Sá. O público pode “conversar” com esses personagens e sentir as camadas emocionais de quem viveu ao lado de Cazuza.


Camarim/O Tempo Não Para. Créditos: Letícia Pinheiro/Acervo VDS

A cenografia é repleta de experiências interativas, com uso de hologramas, inteligência artificial e tecnologia audiovisual que transformam cada sala em um universo sensorial. Além de objetos raros, como o álbum do bebê Agenor, cartas, diários e documentos originais, o público poderá tocar réplicas desses itens e se conectar ainda mais com a vida íntima do artista. Há ainda um acervo impressionante de fotos, manuscritos, figurinos e registros inéditos em áudio e vídeo.


Na Sala 1, intitulada Agenor Caju, o visitante entra em contato com o ambiente familiar, os primeiros anos escolares e os encontros iniciais com o teatro e o circo — experiências que moldaram a personalidade inquieta do artista desde cedo. Créditos: Letícia Pinheiro/Acervo VDS

A trilha sonora embala todo o percurso, com músicas e vídeos do cantor. Há também um espaço dedicado à repercussão midiática da carreira dele, com matérias, críticas e capas de revistas digitalizadas, além de vitrines que reconstroem lugares emblemáticos da vida de Cazuza no Rio de Janeiro.



Um dos momentos mais emocionantes ocorre no fim da visita: o elenco do espetáculo “Cazuza – O Musical” aparece narrando diversos poemas e letras

De Cazuza enquanto a sala está escura apenas com um ponto de luz no meio — símbolo que representa o próprio Cazuza — como presença contínua e iluminadora.


Créditos: Letícia Pinheiro/Acervo VDS
Créditos: Letícia Pinheiro/Acervo VDS

Lucinha Araújo resumiu a essência da mostra:


É uma exposição feita com o coração, pensando em quem ama música e acredita na força da arte.”
Lucinha Araújo em coletiva à imprensa. Créditos: Letícia Pinheiro/Acervo VDS

Tivemos a honra de entrevistá-la também! Confira aqui:




Entre as curiosidades reveladas, soube-se que o próprio Cazuza chegou a vender um telefone fixo para ajudar na compra das estruturas do Circo Voador — uma das muitas atitudes que mostram sua dedicação à cultura e à arte.



A mostra não só celebra o legado de um dos maiores artistas do Brasil, como propõe uma vivência profunda com sua obra, sua coragem e sua poesia. Um tributo à altura de quem ousou ser “exagerado” em tudo: na arte, no amor, na vida.


A exposição ainda conta com uma loja oficial com produtos exclusivos como vinis, camisetas, azulejos e pins.


Merch exclusivo by Universal Music Store. Créditos: Letícia Pinheiro/Acervo VDS

Os ingressos variam de R$ 40 a R$ 120 e estão disponíveis em cazuzaexposicao.com.br.


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